Instrumentos

Formado por uma cabaça bojuda e recoberta por redes de fios tradicionalmente de algodão ou de náilon, que recebe búzios, sementes, miçangões, entre outros materiais. É usado para marcar o ritmo dos instrumentos membranofones.

Além de nominar um instrumento, o afoxé integra diferentes contextos da música ritual afro-brasileira e também nomina um cortejo de rua do período do carnaval, sendo também conhecido como candomblé de rua, inicialmente nominação também dos maracatus pernambucanos. No Batuque do Sudeste e na nação jeje-mina de matriz lingüística ewe-fon, pode ser tocado por mulheres.

A maioria dos instrumentos tradicionais tem uma função religiosa. Nesse sentido, eles são considerados sagrados e, ao contrário do que muitos pensam, não são representação divina, mas sim o próprio deus. O xequerê, do ioruba sèkèrè (cabaça- tambor com redes de búzios), tem seu mito de nascimento nos versos do odú Eji Oko a explicação de como uma simples cabaça ganhou sua “túnica” de búzios.

Na história, os acontecimentos ensinam que muito espertamente o xequerê roubou a roupa de outro instrumento, um grande amigo, para apresentar-se na frente do rei.
Importante lembrar que o búzio era usado como moeda entre os iorubas e só pessoas muito ricas o tinham em grande quantidade para usar em roupas, brincos ou colares.

Outro nome para o xequerê, usado principalmente em Pernambuco, é o aguê, do ioruba agè (pequeno tambor de cabaça usado pelos camponeses).

Mais um importante nome desse instrumento é o agbê, do ioruba agbe, kengbe ou ainda akeregbe. Segundo o renomado antropólogo Vivaldo da Costa Lima, é esse instrumento que nomina os conhecidos alabês, do ioruba alagbe (dono do agbê), os fantásticos tocadores-chefes e cantadores dos candomblés brasileiros.


Histórico de atuação do grupo.

Os três principais responsaveis pelo projeto atuam desde 2006 no bairro do jardim lapenna onde desenvolveram atividades socioculturais como integrantes de grupos de pesquisas ritmicas e também como arte educadores junto às instituições locais, entre elas podemos citar: ONG Projeto Acreditar, Fundação Tide Setubal, Gremio Recreativo União das Vilas, Sociedade Amigos do Jardim Lapenna e Escola Estadual Carlos Gomes. Atividades estas que posibilitaram a formação de vários jovens em musica e lutheria,incluindo os proponetes desse projeto. Na música as pequisas e trabalhos percorreram os ritmos da cultura popular já  citados,e ,em lutheria  a capacitação abrangeu a construção de alfaias, caixa do divino, pandeirão, xequeres, repiques, surdo, cajon, rabecas, violões, batá,atabaque, tambor de onça, puita, entre outros. Entre as atividades de formação voltadas a lutheria podemos citar a oficina de construção de alfaia, ministrada por um dos três proponentes deste projeto,para o projeto “NAÇÃO SÃO MIGUEL”  aprovado pelo VAI  em 2010, nesta oficina, o luthier Fabiano Barbosa De Magalhães juntamente com os alunos do projeto citado  construíram as alfaias que são utilzadas pelo projeto NAÇÃO SÃO MIGUEL.  
 
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